Em um grande jogo no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, a Inter de Milão dos brasileiros Júlio César, Lúcio e Maicon (além dos reservas Maxwell e Thiago Motta) conquistou a Liga dos Campeões da Europa neste sábado. Os gols da vitória por 2 a 0 sobre o Bayern de Munique foram marcados pelo argentino Diego Milito. Depois de 45 anos, o time italiano vence a maior competição de clubes do planeta.
Pragmatismo e qualidade no contra-ataque
Depois de ser muito criticado pela retranca histórica que armou em Barcelona na semifinal, Mourinho anunciou uma escalação com três atacantes. Na verdade, era um 4-3-2-1, com apenas Milito enfiado entre os zagueiros adversários. Eto'o jogava mais recuado pela direita e Pandev pela esquerda. Van Gaal colocou Altintop no lugar do suspenso Ribery e manteve o 4-4-2.
O Bayern começou melhor, com muito mais posse de bola, tendo em Robben um perigo constante para a zaga brasileira e argentina da Inter.
Porém, o time de Mourinho é objetivo. Se defende com força e ameaça nos contra-ataques. Para isso, a dupla Milito-Sneijder e suas tabelas seriam a arma ideal. Foi assim que, aos 34 minutos do primeiro tempo, Júlio César mandou um chutão aparentemente despretensioso para o campo de ataque. Diego Milito mostrou seus dotes de pivô ao escorar de cabeça para Robben, que veio de trás e lançou de volta para o argentino, já dentro da área, concluir para a rede. Lindo gol.
Depois de abrir o placar, a Inter, que tinha atuação discreta até ali, quase ampliou o placar em duas oportunidades, sempre na mesma estratégia: tabela entre Milito e Sneijder em velocidade. Na primeira, Butt defendeu o chute do holandês. Na segunda, Eto'o é quem entrou na área com a bola, mas foi desarmado na última hora e não conseguiu chutar.
Milito sepulta o Bayern na etapa final
O segundo tempo começou em alta voltagem. O Bayern teve grande chance nos primeiros segundos, com Müller, e Júlio César defendeu. Mas logo depois, a Inter voltou à carga novamente no mesmo estilo. Em contra-ataque, Pandev chutou e Butt espalmou.
O tom da partida continuava o mesmo. A Inter se defendendo com força e atacando com muita qualidade. É um time tão disciplinado taticamente que é possível ver Eto'o roubando bola na defesa. E o Bayern se mostrou um bom time, mas muito dependente de Robben. O carequinha holandês foi o responsável por todas as jogadas do time alemão.
Atrás no placar, Van Gaal colocou o experiente centroavante Klose no lugar de Altintop. O Bayern assustou com Müller, que chutou muito forte e Júlio César pegou de novo. Depois, a tentativa foi com Mário Gomez no lugar de Olic, que fez uma ótima Liga dos Campeões, mas não teve boa atuação na final. Nada adiantou. Lúcio, Samuel e Cambiasso se revezavam na destruição das jogadas.
Então, novo contra-ataque da Inter seria mortal. Aos 24 minutos, Sneijder lançou Milito, que fez excelente jogada individual. Entortou a coluna de Van Buyten, chutou forte e se emocionou na comemoração. Parecia não acreditar que aquele lance estava inscrevendo seu nome de vez na história do futebol mundial. Pela primeira vez, a Inter conquistava a tríplice coroa: campeã italiana, campeã da Copa da Itália e da Liga dos Campeões, sempre com gols do atacante argentino.
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