terça-feira, 10 de março de 2009

Pela Libertadores e por Roth, Grêmio joga na Colômbia nesta quarta-feira


Vale muito. Mais do que três pontos e a possibilidade de recuperar o terreno perdido na estreia, o Grêmio coloca em jogo seu futuro contra o Boyacá Chicó, às 21h50m (de Brasília), em Tunja. E quando se fala em futuro, se fala em Celso Roth. A segunda partida do Tricolor na Libertadores da América, em caso de insucesso, será também a última do treinador no comando do time. O destino do clube gaúcho passa pelo estádio La Independencia. Em forte crise, sem vencer há quatro jogos e com o treinador espiando uma guilhotina que se aproxima rapidamente, o Grêmio precisa amenizar o mau resultado do primeiro jogo, quando provavelmente bateu o recorde mundial de gols perdidos ao empatar por 0 a 0 com o Universidad de Chile no Olímpico. O adversário, embora desconhecido, dá pinta de ser forte, talvez melhor do que o primeiro oponente. A dificuldade da partida parece proporcional a sua importância. O Boyacá Chicó, com três pontos, é o vice-líder do Grupo 7. A liderança está com o Universidad de Chile, que soma quatro, mas já com duas partidas disputadas. O Grêmio, com um, só supera os bolivianos do Aurora, que seguem zerados. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os detalhes do jogo decisivo para o Grêmio em Tempo Real.


Os jogadores do Grêmio sabem que defenderão o emprego do técnico Celso Roth contra o Boyacá Chicó. A diretoria mudou o discurso após a derrota para o Santa Cruz e passou a dizer que o futebol vive de resultados, em um indício claro de que o treinador será demitido em caso de derrota. Por isso, os atletas encaram o duelo em Tunja como 90 minutos que decidem muito mais do que três pontos. - Sabemos o que a partida representará para nosso trabalho em caso de vitória e especialmente em caso de derrota – resumiu o capitão Tcheco. Os jogadores abraçaram a causa do técnico Celso Roth. Eles fizeram uma espécie de pacto no vestiário para evitar a demissão dele.

Tcheco: 'Sabemos o que o jogo representa'
- Eu, felizmente, nunca precisei fazer média com treinador. Não seria agora que eu faria. Então é com sinceridade que eu digo que o Celso é um dos melhores técnicos com quem trabalhei. Ele sabe muito de esquema tático e é um cara aberto, que gosta de nos dar opções nas palestras – comentou o meia Souza. A expectativa é por um jogo casca grossa, como foram os enfrentamentos com os também colombianos Cúcuta e Tolima em 2007 – duas derrotas fora de casa, por 3 a 1 e 1 a 0, respectivamente. O jogo será disputado em uma altitude de 2,7 mil metros, em um estádio acanhado, que passa por obras e teve que receber arquibancadas móveis para não ser vetado pela Conmebol. - Nós já estamos informados do que vamos encontrar. É um estádio com capacidade inicial para 8 mil pessoas, mas que foi aumentado. Não esperamos que esteja lotado. Sabemos que nosso adversário é forte. A qualidade do Boyacá é um problema que vem junto com a altitude – disse Tcheco. Muito criticado pela escolha do 3-6-1 no Gre-Nal, Celso Roth disse que era um ensaio para jogos na altitude pela Libertadores. Mas o esquema parece coisa do passado. Na Colômbia, o treinador deve retomar o 3-5-2, com Jonas ao lado de Alex Mineiro no ataque e Herrera no banco. Jadilson, com lesão no tornozelo, sequer viajou. Maxi López ficou em Porto Alegre, entregue aos treinamentos.

Boyacá confiante
O clima do Boyacá Chicó é de tranquilidade. A equipe lidera o Torneio Apertura da Colômbia e goleou o Aurora, na Bolívia, por 3 a 0 na primeira rodada da competição sul-americana. Além disso, o treinador da equipe, Alberto Gamero, está em sua quinta temporada no comando do clube e, ao contrário de Roth, parece longe de conviver com o fantasma do desemprego. O destaque do clube colombiano é o armador Anthony Taipa, um dos artilheiros da equipe. O jogador está confiante em uma vitória sobre o Tricolor gaúcho. – Jogar a Libertadores traz muita responsabilidade. Nós trabalhamos da melhor maneira, estamos conscientes disso e nos preparamos para vencer – disse o jogador. Contra os colombianos, no entanto, está a falta de experiência na competição de clubes mais importante das Américas, o que sobra ao Grêmio, bicampeão.

Ficha do jogo
BOYACÁ CHICÓ
GRÊMIO
Velásquez; Pino, Galicia e García; Madera, Mahecha, Ramírez, Caneo e Taipa; Móvil e Pérez
Victor, Léo, Réver e Rafael Marques; Ruy, Adílson, Tcheco, Souza e Fábio Santos; Jonas e Alex Mineiro.
Técnico: PC Gusmão.
Técnico: Celso Roth.
Estádio: La Independencia, em Tunja (Colômbia). Data: 11/03/2009. Horário: 21h50m. Árbitro: Sérgio Pezzotta (Argentina). Auxiliares: Diego Romero (Argentina) e Ariel Bustos (Argentina)
Transmissão:RBSTV
Tempo Real: O GLOBOESPORTE.COM acompanha a partir de 21h50m (de Brasília).
Texto - Globo.com
Foto - Gremio.net