sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Confraria do Peixe vai pescar em Ituzaingo-Argentina

Palco da realização dos sonhos de muitos pescadores, o trecho argentino do Paranazão tem condições privilegiadas para a captura de grandes exemplares da bacia do Prata. O Rio Paraná corta a parte sul e sudeste do Brasil, onde nasce, e percorre quase 4 mil quilômetros, se considerarmos o trecho do Rio Paranaíba. Quando adentra território argentino, é represado por uma única barragem: Yacyretá, que é uma hidrelétrica binacional entre Argentina e Paraguai. Em território argentino o rio de muitas e grandes histórias corre aproximadamente 1.100 km até desaguar no Rio da Prata. Nesse trecho ele divide fronteira entre a Argentina e o Paraguai até a confluência com o Rio Paraguai, que passa a correr posteriormente só em território argentino.Ao falar dele, lembramos de muitos causos sobre os grandes dourados, pintados e pescarias de piracanjubas em território brasileiro. Por esse motivo nos perguntamos: por que no trecho argentino ainda há grandes peixes? Possivelmente a resposta para essa pergunta é esta: porque o rio tem um bom trecho sem barragem, o que favorece o deslocamento das espécies que necessitam nadar grandes distâncias, como o dourado. Outro detalhe que faz a diferença é ter duas enormes áreas alagadas em excelente estado de conservação, que funcionam como verdadeiros berçários dos peixes da região, como Esteros de Iberá, região alagada pelos rios Paraná e Uruguai e o Pântano de Esquina, formado por águas dos rios Corrientes e Paraná. Esse trecho de rio, que tenho em mente como o rio Paraná que deu certo, vai de Ituzaingo a Esquina e tornou-se destino de muitos brasileiros amantes da pesca esportiva. Mas a fama do local é antiga e reconhecida mundialmente, atraindo pescadores/turistas de diversas partes do mundo. Aqui a possibilidade de se pegar troféus é uma realidade documentada por fotos e registros junto a IGFA.Os grandes dourados, pintados (surubins) e pacus fazem a festa daqueles que a elegem como seu destino de pesca. Além dos citados, existe a piapara, lá chamada de boga, e a pirancanjuba, uma preciosa espécie quase extinta em águas brasileiras. Tudo isso proporciona a pesca em várias modalidades, que vai desde o trolling (corrico) até a pesca com mosca (fly fishing).

Partindo desse princípio um grupo da Confraria do Peixe e alguns amigos, ao todo são 21 pessoas, estão indo hoje dia 17 de setembro para a cidade de Ituzaingo-AR, a fim de praticar a pesca esportiva e tentar captura um exemplar de grande porte. A turma já organizou duas pescarias na Argentina, na cidade de Ita-Ibaté e Paso de La Pátria, em ambas as pescarias os pescadores tiveram sucesso, fisgando diversos peixes, inclusive alguns dourados de 12 a 16 quilos, que logo após sua captura foram devolvidos para água. Um dos objetivos dessa vez é tentar fisgar algum peixe de couro, surubi, cachara, jaú, que tenha pelo menos 20 a 30 quilos. Semana que vem iremos descrever nossa pescaria, tomara que possamos relatar algumas “brigas” com esses gigantes do Rio Paraná. Serão três dias intensos de pesca, aonde cada equipe irá se esforçar para atingir os objetivos dessa viagem de Pesca Esportiva. 

Por Francis Wolfram

2 comentários:

Clecio Ruver disse...

Espaço para os comentários dos pescadores direto da Argentina. Abraço a todos aí, mensagem recebida.

Claudio Ruver disse...

Galera,muuuuito peixe.grandes e maioria de couro!Varios da Confraria já enbarcaram Jáus acima de 15 quilos!Mano avisa a família toda que a saudade é grande e tudo bem!