sábado, 9 de outubro de 2010

Sob comando de Jonas, Grêmio reage e busca empate contra o Vasco

Depois de estar perdendo por 3 a 1 em São Januário, o Grêmio mostrou personalidade num segundo tempo que se mostrava complicado e com cheiro de derrota. Com dois gols de Jonas e um de Gabriel, o time de Renato empatou com o Vasco e segue sua perseguição ao G-3. Mesmo com um futebol pouco criativo e sendo envolvido durante boa parte do tempo, o Grêmio mostrou o seu reconhecido poder de reação para seguir sonhando com a Libertadores.

Com uma proposta agressiva, o Vasco impediu, desde o primeiro minuto, que o Grêmio realizasse suas jogadas mais fortes, como a triangulação pela esquerda entre Lúcio, Fábio Santos e Douglas. Somada a essa postura adiantada, PC Gusmão recheou o meio-campo, tendo apenas um atacante de ofício à frente, o movediço Eder Luís. Zé Roberto recuava para próximo de Felipe e os vascaínos acabavam por levar superioridade no faixa intermediária do gramado.

Assim, o Grêmio demorou 10 minutos para preocupar Fernando Prass. Lúcio chegou à linha de fundo, costurou a zaga, mas chutou na rede, pelo lado de fora. Em compensação, o Vasco arriscava sempre que podia, sobretudo com a perna esquerda poderosa do experiente Felipe. Eder Luís também testou Grohe, aos 14 minutos e encontrou o travessão. Um minuto depois, o falso atacante Zé Roberto foi ao meio para lançar com perfeição o mesmo Eder Luís. Agora, com apenas o goleiro como entrave, colocou o Vasco em vantagem.

Apesar do gol, o Grêmio não se assustou e seguiu tentando impor seu jogo. Aos 17 minutos, Jonas chegou ao fundo, cruzou e André Lima cabeceou para as redes. No entanto, o lance foi anulado pelo árbitro assistente, alegando um duvidoso impedimento. Mesmo organizado, o Grêmio pouco mais criou, sobretudo devido à ineficiência do meio-campo azul, soterrado pelo envolvente setor vascaíno. Já o Vasco entendeu muito bem o recado trazido pelo seu próprio tento e intensificou a movimentação de Eder Luís, bem como os lançamentos agudos para o atacante.

E, na combinação entre transição veloz do Vasco e lentidão dos zagueiros e volantes tricolores, novamente Zé Roberto estendeu a bola até Éder Luís, que só não repetiu marcou seu segundo gol na noite carioca porque Marcelo Grohe fez uma defesa digna do melhor Victor que já se viu no Olímpico.

Dois minutos depois, o castigo a Eder Luís veio dos pés de Jonas, que mostrou como se faz gol. Não é para menos, já que Jonas contava com 17 gols no Brasileirão. Aos 40, ao driblar com o corpo o defensor Cesinha, Jonas alcançou o 18º gol. Um golaço, num forte chute no ângulo de Prass.

Quando o Grêmio já imaginava descer ao vestiário com a igualdade, a defesa gremista, mais uma vez, entrou em pane. Primeiro, com marcação displiscente, deixou o zagueiro Dedé escorar. Com mais liberdade ainda, Cesinha cumprimentou as redes: 2 a 1.

No segundo tempo, precisando do gol de empate, o Grêmio seguiu embaraçado na boa marcação do meio-campo vascaíno. Com velozes contragolpes, era o Vasco que colecionava as melhores chances. Aos 24 minutos, em novo lance polêmico ontra os gaúchos, o árbitro apontou falta técnica na risca da área. Felipe Bastos cobrou e a infelicidade contemplou Grohe, com um desvio em Vilson: 3 a 1.

A Renato, cabia ousar. Para isso, sacou o opaco Ferdinando e lançou mão de Diego Clementino. No entanto, quem tratou de recolocar o Grêmio na partida foi ele, claro, Jonas. Depois de envolvente combinação com André Lima, Jonas chegou em frente a Prass e marcou seu 19º gol na competição.

A partir de mais uma consagração de Jonas, o jogo começou a ser preenchido com episódios dramáticos. O Grêmio se soltou ao ataque e ofereceu o seu campo descoberto aos habilidosos vascaínos. Com Grohe em boa jornada e contando com a falta d epontaria alheia, o Grêmio se segurou na defesa. Na frente, Diego Clementino fez jus a sua recente fama de talismã. Aos 39, fuzilou de cabeça para milagre de Fernando Prass. Aos 43, chegou à linha de fundo e deixou Gabriel na cara do milagreiro vascaíno. Desta vez, só se Prass tivesse quatro mãos para chegar à bomba do lateral tricolor: 3 a 3.



Zero Hora

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