E a Espanha foi a grande campeã do mundo, depois de um início ruim, quando perdeu para a Suiça,a seleção, que era considerada favorita ao mundial, não mostrou um futebol brilhante, foi pragmática vencendo todos os seus jogos por 1 gol de diferença, mas foi mais competente que os demais vencendo a competição. A Espanha não teve nenhum grande jogador como se esperava que Fernando Torres pudesse ser, mas o futebol atual nos mostra que a força de conjunto é muito superior a um ou dois jogadores de qualidade. As três primeiras colocadas, Espanha, Holanda e Alemanha mostraram muita força de conjunto, daí para trás, vemos várias seleções com apenas um jogador para carregar o time nas costas, casos de Uruguai com Forlán e Argentina com Messi. Pelo equilíbrio da competição, acredito que o título ficou em boas mãos, como também teria ficado se tivesse ficado com Holanda ou Alemanha.
A copa nos mostrou poucas inovações em termos táticos, a única diferença em relação a 2006, é de que o sistema 4-2-3-1 foi mais utilizado que o 4-4-2, além de que o 3-5-2 praticamente foi abolido das seleções e o 4-3-3 voltou a ser utilizado por algumas seleções. Outra diferença que tivemos é de que em 2006 a seleção campeã, Itália, jogava marcando forte e sem a posse de bola, enquanto que as três melhores seleções de 2010 jogavam com a posse de bola, ainda mais a Espanha, que sufocava seus adversários, até mesmo trocando passes em excesso em alguns momentos. Não chutando em gol. Lembro até de uma tira do amigo e colega de blog Douglas Atkienson, que em algum momento da copa escreveu em seu twitter que a seleção espanhola era aquele tipo de namorado chato, que só fica passando a mão na garota, sem ir para os “finalmentes”.
A decisão por muitos foi considerada um jogo ruim. Mas daí tenho que lembrá-los que decisões de Copa do Mundo historicamente são jogos nervosos. Para lembrar: 2006 – Itália campeã nos pênaltis depois de 1 a 1 no jogo. 2002 – Brasil 2 x 0 Alemanha. 1998 – França 3 x 0 Brasil. 1994 – Brasil 0 x 0 Itália (Brasil campeão nos pênaltis). 1990 – Alemanha 1 x 0 Argentina (gol de pênalti quase no final do jogo. Temos que ir a 1986 para termos o último grande jogo em uma final de mundial, foi quando a Argentina venceu por 3 a 2 a Alemanha na decisão.
Mesmo assim, a final foi um pouco do resumo de cada coisa que aconteceu na copa. Equipes nervosas, poucos gols, muitos passes errados e erros da arbitragem. A Holanda também teve chances de matar o jogo, Robben ficou duas vezes cara a cara com Casillas, mas não aproveitou. Iniesta na única que teve, marcou o gol. Mas a Espanha já havia desperdiçado gols com Villa e um incrivelmente perdido por Fábregas. O jogo foi muito violento, vários lances de cartão passaram em branco pelo árbitro inglês, até mesmo uma agressão de De Jong.
A escolha de Forlan como melhor jogador nos remete a idéia de que não tivemos um grande craque na copa. A forma como Forlan levou a limitada seeção uruguaia as semifinais nos obriga a concordar com a escolha. Se bem que não seria nenhuma injustiça se o escolhido fosse Muller, ou Sjneider, ou Iniesta, ou até mesmo o goleiro Casillas.
A minha seleção da copa é no esquema 4-2-3-1, o mais utilizado pelos treinadores e tem: O espanhol Casillas no gol (como reserva o decisivo uruguaio Luiz Soares), Lahm da Alemanha na lateral direita, Friedrich da Alemanha e Puyol da Espanha como zagueiros, mesmo que os dois tivessem atuado do lado direito acredito que dariam uma bela defesa. Na lateral esquerda o capitão holandês Van Bronckhost. Como volantes dois que jogam muito, Xavi da Espanha e Schweinsteiger da Alemanha. Os três meias ofensivos chegando ao ataque seriam Muller da Alemanha pela direita, Sneijder da Holanda pelo meio e Forlán do Uruguai pela esquerda. Na frente Davi Villa,que mesmo caindo de produção nos jogos decisivos fez um bom mundial. Também fizeram boa copa do mundo e poderiam estar nesta lista: Neuer, goleiro da Alemanha, Maicon e Lucio do Brasil, Godín do Uruguai, Özil da Alemanha, Iniesta e Sérgio Ramos da Espanha.
Envie sua seleção da copa para nós, estaremos publicando.
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