terça-feira, 6 de julho de 2010

Holanda vence e está na final da Copa do Mundo

Holanda está de volta a uma final. A seleção laranja bateu o Uruguai por 3 a 2 nesta terça-feira, na Cidade do Cabo, e carimbou o passaporte para a sua terceira decisão de Copa do Mundo. Agora, Robben, Sneijder e companhia tentarão vingar o bi-vice da década de 1970 contra Alemanha ou Espanha, que se enfrentam nesta quarta.

Num duelo que teve emoção até, literalmente, o último segundo, a Holanda saiu na frente com Van Bronckhorst. Forlán deixou tudo igual ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Sneijder e Robben fizeram dois em sequência e, quando tudo parecia decidido, Fenandéz descontou no apagar das luzes, colocando ares de dramaticidade à classificação dos europeus.

Canhonaços na Jabulani

Valia vaga em decisão de Copa do Mundo e todo o cuidado era pouco. Até por isso, as duas seleções começaram a jogar sem forçar muito no ataque. No entanto, ao contrário da tradicional raça dos sul-americanos, os holandeses sempre tiveram como característica o bom e calmo toque de bola. A partir desse ponto que a vantagem começou a nascer.

Com cerca de 10 minutos de jogo, a equipe laranja tinha mais de 60% de posse de bola. Robben e sua turma, porém, não conseguiam criar grandes chances da área uruguaia. A solução? Arriscar de longe, ora. Foi o que Van Bronckhorst decidiu, aos 17. E a mais de 30 metros da meta, ele acertou o ângulo esquerdo de Muslera, abrindo o placar com um golaço.

O jogo, então, ficou mais tenso. Nervosos, os celestes cometiam faltas mais fortes. Em vantagem, os holandeses pararam de forçar. E aí o Uruguai cresceu. Tal qual os adversários minutos antes, o time de Oscar Tabárez passou a conter mais a bola e apostar no toque. Entretanto, não conseguiram criar oportunidades dentro da área de Stekelenburg. A solução Forlán já sabia e, aos 40, deu o troco na mesma moeda ao arriscar de fora da área. O arremate só parou no fundo das redes.

Calma x raça

O modo truncado de jogar do primeiro tempo ficou nos vestiários, porque tanto Uruguai como Holanda voltaram mais ofensivas para a etapa final. Ataques e contra-ataques deixavam claro que o placar seria movimentado cedo ou tarde. Ele quase foi com Forlán, a 20, em cobrança de falta na qual Stekelenburg fez grande defesa. Dois minutos depois, Van der Vaart concluiu forte e Muslera defendeu bonito.

Aos 25, porém, a Jabulani reencontrou as redes do Uruguai. Algoz do Brasil, Sneijder recebeu na entrada da área e, como no jogo anterior, anotou contra um sul-americano. O meia holandês mandou rasteiro no cantinho e não deu para goleiro chegar. Passados três minutos, veio o golpe fatal. No cruzamento da esquerda, Robben subiu e cabeceou. A bola ainda tocou na trave antes de entrar: 3 a 1.

Oscar Tabaréz, então, arriscou. Colocou os atacantes Loco Abreu e Fernandéz em campo. Parecia que não ia dar em nada. Sólida e tranquila, a Holanda por pouco ainda não ampliou nos contragolpes.

Mas Maxi Pereira jogou fogo na partida aos 47. Em jogada ensaiada, o uruguaio diminuiu a vantagem e a Celeste se tocou ao ataque, dando trabalho à zaga laranja. Porém, já era tarde e três minutos depois do gol, a partida teve fim e a Holanda se garantiu na terceira final de Copa do Mundo. Aos uruguaios, que chegaram via repescagem à África do Sul, restou comemorar o retorno da garra aos seus jogadores.


Uruguai 2
Muslera; Maxi Pereira, Victorino, Godin e Cáceres; Diego Pérez, Gargano, Arevalo Rios e Alvaro Pereira (Loco Abreu); Diego Forlán e Cavani. Técnico: Oscar Tabárez.

Holanda 3
Stekelenburg; Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; De Zeeuw (Van der Vaart), Van Bommel e Sneijder; Kuyt, Van Persie e Robben. Técnico: Bert van Marwijk.

Gols: Van Bronckhorst (H) 17/1º; Forlán (U) 40/1º; Sneijder (H) 25/2º; Robben (H) 28/2º; Maxi Pereira 47/2º
Cartões amarelos: Maxi Pereira, Cáceres; Sneijder, Boulahrouz

Fonte: Tiago Medina / Correio do Povo
Foto: AFP

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